segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Será que morrem?

Fonte: Autor

      E aí, “o que será de nós?” passa a ser a pergunta mais importante. “O que faremos de nós?” fica parecendo uma insanidade, coisa qualquer que não importa. Diriam, os mais céticos, tratar-se de uma bobagem atoa.
    Ter fotografias é mais importante que ter passado? Que é mais importante que ter bagagem. Que não significa tanto quanto ter vagas lembranças. Que nada é, se comparado a ter visto algo por uma janela qualquer, num dia qualquer, quando fazia um clima qualquer.
      Quanta memória lançada às chamas do esquecimento. Quanta cinza de valor que o vento-tempo tem levado.


Onde vão parar as coisas que esquecemos, será que morrem?
   Será que secam sob o sol, sob o calor de novas memórias? Ou são, como as flores, nutridas instintivamente pelo que às cerca?
       Onde vai parar o que fazemos?

Bóra?

Fonte: Autor
Bóra!
Te dou uma carona na minha mobilete
A gente vai sem capacete
É mais legal quando o vento bagunça nossos cabelos

Abre os braços
A gente sente que pode voar
ra!
Cabe dois

Deixa a mochila
E os sonhos

Vamos levar só a alma
E o sorriso