Fonte: Autor |
E aí, “o que será de nós?” passa a ser a pergunta mais
importante. “O que faremos de nós?” fica parecendo uma insanidade, coisa
qualquer que não importa. Diriam, os mais céticos, tratar-se de uma bobagem
atoa.
Ter fotografias é mais importante que ter passado? Que é
mais importante que ter bagagem. Que não significa tanto quanto ter vagas
lembranças. Que nada é, se comparado a ter visto algo por uma janela qualquer,
num dia qualquer, quando fazia um clima qualquer.
Quanta memória lançada às chamas do esquecimento. Quanta
cinza de valor que o vento-tempo tem levado.
Onde vão parar as coisas que esquecemos, será que morrem?
Será que secam sob o sol, sob o calor de novas memórias? Ou são, como as flores, nutridas instintivamente pelo que às cerca?
Onde vai parar o que fazemos?