quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Beijo: a oitava maravilha da naureza

Fonte: http://www.revistabula.com


Estava aqui pensando: por que, pra mim, um beijo é tão importante?
Porque é a junção do querer com o querer bem.


O beijo é uma coisa completa. Com um beijo, tanto se pode demonstrar respeito e reverenciar as qualidades duma pessoa, quanto se pode demonstrar o simples e primitivo tesão que se sente por ela.
Obviamente, são coisas colossalmente diferentes mas, o beijo, tem também esta característica: flexibilidade. O beijo é um ato adaptável. Com ele se molda um cenário, se monta uma história, se muda uma vida.


O beijo, tal como os rios, constroem margens: firmes, sobre as quais se pode erguer uma cidade de muros altos e vida noturna; ou lamacentas, sobre as quais não se pode pisar abruptamente sem afundar até o pescoço.


Um beijo muda tudo.
Você pode ser o cara mais chato do mundo, mas, se seu beijo for bom, é provável que role um "segundo encontro" (e, aí: beije muito e fale o mínimo possível). Como pode ser o cara mais legal do universo e seu beijo ser tão ruim, que acabe nunca passando de "um amigo quase irmão".


Pra mim, o beijo é onde tudo começa. O pontapé inicial. O felizes para sempre.
É onde tudo termina. Num beijo de misericórdia. O "grand finale" dum filme de guerra. O beijo da morte.


Beijos que fazem a vida passar diante dos olhos, sem sentido; sem eira, nem beira. A alma tirada do corpo. Esquadrinhada. Retorcida. E devolvida.
O beijo é atemporal: faz a eternidade parecer um instante. E trinta segundos parecerem um século e meio.


O beijo é a decisão, que te faz ficar, e a dúvida (que não te deixa ir).


Acho que é por isso que gosto de beijo: porque é a mistura do querer com o precisar. Do compromisso com a falta dele.


Beijo é a oitava maravilha da natureza.


Se vier num combo com abraço quentinho e olhos falantes... BINGO!!!

terça-feira, 14 de julho de 2015

O que ele quer de mim

Fonte: blog Passarinho no Telhado_14.07.2015
Ele espera que eu seja, ao mesmo tempo, uma menina frágil e uma mulher forte. Frágil o suficiente para ter meus sentimentos curados com um simples cafuné. E forte o bastante para ser mulher, faxineira, médica, cozinheira, psicóloga, mãe (dele), parideira e, como sempre diz, eu mesma sem nunca perder esse brilho no olhar.

Ele espera que eu seja do tipo “amante das causas impossíveis” e que eu tenha fé capaz de mover montanhas: montanhas de diferenças gritantes e empecilhos enormes.

Ele espera que eu o deixe cuidar da minha vida e, dessa forma, o tenha como herói. Espera que eu ouça seus conselhos e os use como trilhos por onde passar meu trem, ainda que sejam irracionais, infantis e lúdicos.

Ele me ouve dizer verdades e me tem como triste, frustrada. Espera que eu o deixe me acalmar com piadas e abraços quentinhos.

Quando digo que os sonhos dele não se aproximam dos meus, me tem como lunática. O sonho dele é me olhar enquanto durmo e acordar com um beijo meu. Meu sonho é exatamente o contrário.

Alguns dizem que ele tem a melhor das intenções. Eu discordo. Limitar alguém emocionalmente nem deveria ser uma intenção, muito menos a melhor dentre todas.

Ele quer que eu seja dele. Eu quero ser minha.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Um ele qualquer


Fonte: http://porquesiemprepiensoenti.blogspot.com.br/

De repente, toda poesia sumiu
Tudo que diferenciava ele, de um ele qualquer
Foi-se como fumaça
De repente, ficou difícil reconhecer traços dele
Em coisas nossas
De repente, pareceu só eu
De repente, procurei por ele ao meu lado
Onde costumava estar e não estava
Tive de olhar para trás e, sinceramente
De repente me dei conta
Não sei onde paramos
De repente
Ele simplesmente não estava mais ali
Nem meus olhos alcançaram
O lugar onde parou ou
De repente tenha voltado atrás
Tudo que sei é que
De repente, ele não estava mais aqui
Nem lá.
De repente me dei conta
“Você não disse que ficaria para sempre
Mas, nos amamos tanto
Que achei que não precisaria dizer”
- Me enganei.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Será que morrem?

Fonte: Autor

      E aí, “o que será de nós?” passa a ser a pergunta mais importante. “O que faremos de nós?” fica parecendo uma insanidade, coisa qualquer que não importa. Diriam, os mais céticos, tratar-se de uma bobagem atoa.
    Ter fotografias é mais importante que ter passado? Que é mais importante que ter bagagem. Que não significa tanto quanto ter vagas lembranças. Que nada é, se comparado a ter visto algo por uma janela qualquer, num dia qualquer, quando fazia um clima qualquer.
      Quanta memória lançada às chamas do esquecimento. Quanta cinza de valor que o vento-tempo tem levado.


Onde vão parar as coisas que esquecemos, será que morrem?
   Será que secam sob o sol, sob o calor de novas memórias? Ou são, como as flores, nutridas instintivamente pelo que às cerca?
       Onde vai parar o que fazemos?

Bóra?

Fonte: Autor
Bóra!
Te dou uma carona na minha mobilete
A gente vai sem capacete
É mais legal quando o vento bagunça nossos cabelos

Abre os braços
A gente sente que pode voar
ra!
Cabe dois

Deixa a mochila
E os sonhos

Vamos levar só a alma
E o sorriso