quinta-feira, 22 de maio de 2014

Pobres pedrinhas



Nem tudo é fácil.
Na verdade, nada é fácil. Mas, também, não tem que ser. Essa é a graça das coisas. Isso de a vida ser dificultosa é que a torna surpreendente.
Coisa meio cliché, concordo. Entretanto, olhe bem para você. Oque te diferencias das outras pessoas não são exatamente as dificuldades pelas quais passa diariamente? As coisas que já teve de enfrentar para chegar até aqui? Suas perspectivas e expectativas? Se não fossem todas essas dificuldades, você seria exatamente como os outros.
Se você estiver pensando "quem essa guria pensa que é para falar de vida aos 22 anos? Que ela sabe da vida?", te digo apenas que, sei nada da vida. Não da SUA vida, pelo menos. Mas vivi até aqui, estou viva há 22 anos e, cá entre nós, se em 22 anos eu não tiver aprendido alguma coisa, simplesmente não serei merecedora da vida que tenho.
Por que resolvi escrever sobre a vida? Por que sobre as dificuldades da vida?
Porque, ás vezes, enfrentamos sérios problemas de aceitação da própria vida e isso, na minha opinião, deve ser enfrentado.
Passamos por momentos em que, tudo que fizemos até então, parece não ter tido serventia nenhuma, parece não ter sido visto por ninguém. Ora, é sempre uma grande bobagem. Mas tendemos a esquecer as bobagens quando às reconhecemos.
Sou do time "Nunca Deixe Passar F.C." Detesto quando ouço as pessoas dizerem que isso ou aquilo vai passar e que fulano vai acabar esquecendo.
Oh! Que tragédia é o esquecimento.
Ele, na verdade, nem chega a ser real. Não como as pessoas imaginam. Sincera e verdadeiramente, nada é esquecido. As coisas tornam-se resolutas, imperceptíveis e ignoráveis, mas, de verdade, não são esquecidas. Até porque, a danadinha da vida não nos permite esse privilégio. De tempos em tempos ela fará a delicadeza de te lembrar certas coisa, que você jurava ter esquecido.
Ah! vida, vida, sua sem-vergonha.
Às vezes se mancomuna com o destino para nos fazer passar vergonha. É o famoso "cuspir para cima e cair na testa". ENCHEMOS a boca para dizer: "Cruzes! Aquela minha amiga está toda melosa, apaixonada e cheia de 'nhenhenhéns' com o namorado. Detesto isso. Coisa chata ficar falando com voz de bebê. Nunca farei essas coisas". Eis que surge o primeiro romance e, adivinhe: você chama ele de "fucucuxo linu di Malia". Ah! essa vida. Esse destino...
Mas não tenho a intenção de falar sobre as graças da vida, nem sobre como ela nos faz morrer de rir às vezes. Hoje não. Vim falar de como a vida nos faz chorar e sobre como eu acho que devemos lidar com esse aguaceiro.
Acho que devemos parar com essa coisa de "vai passar", ou "deixa para lá". Não! Por favor, não deixem para lá a vida de vocês. Se te faz chorar é porque, no fundo, tem alguma importância.
Ora, reconheço, obviamente, que é difícil lidar com as emoções calorosas que nos fazem chorar, principalmente quando envolvem alguém especial, ou um momento muito íntimo.
Mas, quando a poeira baixar, quando a sensação de poder respirar com seus próprios pulmões retornar, quando seu cérebro voltar a dirigir impulsos coerentes ao seu corpo burro, pense em tudo: refaça o trajeto com lucidez e avalie todas as pedras que chutou: quais serão necessárias para construir seu castelo, quais constituirão o foço em redor dele e quais podem continuar rolando "ao infinito e além".
Pobres pessoas burras esquecedoras. Não percebem? Esquecer suas lágrimas é esquecer suas próprias vidas. É deixar buracos em sua história.
Os ventos vêm, queridos. E esses buracos vão deixar ele passar. Passar para dentro e te fazer morrer de frio.
Frio do esquecimento. Que horror!
O pior, é que é um esquecimento falso. Lógico! Você se lembrará de seus esquecimentos no momento em que o frio te tocar. Lenta e ferozmente ele te lembrará de todos os fatos esquecidos.
Oh não, queridos. Não esqueçam suas vidas. Parem de deixar todas as pedras rolarem para longe. Agarrem-nas. Segurem-nas. Deixem-nas ficar. Usem-as. Pobres pedrinhas.
Se essas coisas te açoitam, se dói quando te atingem não as deixem para lá, queridos, resolvam-nas.
Hora ou outras as coisas voltam. Não se permita sofrer duas ou mais vezes pelo mesmo estalido de culpa.
Queridos, parem de esquecer. Parem!
Respirem, deixem o cérebro retomar a sanidade e RE SOL VAM.

Bom, isso é o que eu tenho para hoje.
Desculpem por não ser sucinta!

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Nada de confusões para nós

Sinto que não te conheço mais

Estranho, não é? Quando amamos tanto alguém que preferimos fugir dele, a ter os sentimentos confundidos. Foi o que eu fiz: fugi.

Quero levar por toda a vida somente as certezas que tenho a seu respeito. Por isso impedi que as coisas continuassem "acontecendo". Quando o coração corre solto, acaba fazendo uma confusão danada.

Não! Nada de confusões para nós. Somente certezas, que tal?

Eu sei. Talvez tenha discordado de mim no princípio. Também, pudera, nunca nos explicamos.

Mas, hoje, que já não te conheço, sei que pode me entender. Afinal de contas, era o que você teria feito se tivesse mantido seus olhos abertos, se tivesse visto as cordas que eu vi, aquelas amarras de equívoco nos prendendo ao constrangimento de não nos reconhecermos mais.

Não, amigo (posso te chamar assim?), não estou sendo incoerente. Eu disse, veja bem, que não te conheço mais
Mas, sim, com toda a certeza, ainda te reconheço. Reconheceria em qualquer lugar do mundo. Aquele amigo que certa vez, sem dizer qualquer palavra, me disse uma porção de coisas.

Não te conheço porque parti. Que sei de ti para dizer que te conheço? Sei de antes, sei o suficiente para te reconhecer, mas sei apenas isto.

Quantas voltas o mundo já deu desde a última vez que contemplei sua sapiência?

Assim, não atrevo-me a dizer que te conheço, mas, digo a tudo que vejo, que não deixarei de te reconhecer.

Que bom que fui embora. Consegue imaginar a confusão que seria se eu tivesse ficado?

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Primeiro passo

Prometi um livro.

Há tempos prometo, a alguns de meus amigos, escrever um livro sobre as aventuras pelas quais passo todos os dias.
Bem, na verdade, "todos os dias" é um grande exagero. Como a vida de qualquer ser humano, a minha tem dias tão monótonos que mais parecem o ruminar da Mimosa.
Ainda sim, considerando que eu possa ser abduzida amanhã (não! eu não acredito em abdução), não quero ir aos ETs devendo um livro aos meus amigos.
Ora, não se atrevam a dizer que isso aqui não é um livro. Estamos no meio de uma grande revolução tecnológica. Ainda ontem eu sentia o cheiro de arroz com álcool do mimeógrafo e, hoje, cá estou, girando a manivela invisível várias vezes por segundo e produzindo com muito mais agilidade as mesmas letras de outrora. Sendo assim, poupe-me de seu amor pelas folhas, leia isso aqui e fique quieto.
Brincadeirinha, amigos.
Ok! Já perdi o foco. Como é que vou ser blogueira assim? Ainda bem que não é no mimeógrafo: quanto álcool eu já teria cheirado?
Ok! Perdi o foco outra vez. Céus!
Bom, o objetivo do livro/blog é fazer vocês rirem tanto, ou mais, do que riem das outras coisas que posto por aí.

Espero que gostem!

ETs, já posso ir com vocês. Missão cumprida.