quinta-feira, 15 de maio de 2014

Nada de confusões para nós

Sinto que não te conheço mais

Estranho, não é? Quando amamos tanto alguém que preferimos fugir dele, a ter os sentimentos confundidos. Foi o que eu fiz: fugi.

Quero levar por toda a vida somente as certezas que tenho a seu respeito. Por isso impedi que as coisas continuassem "acontecendo". Quando o coração corre solto, acaba fazendo uma confusão danada.

Não! Nada de confusões para nós. Somente certezas, que tal?

Eu sei. Talvez tenha discordado de mim no princípio. Também, pudera, nunca nos explicamos.

Mas, hoje, que já não te conheço, sei que pode me entender. Afinal de contas, era o que você teria feito se tivesse mantido seus olhos abertos, se tivesse visto as cordas que eu vi, aquelas amarras de equívoco nos prendendo ao constrangimento de não nos reconhecermos mais.

Não, amigo (posso te chamar assim?), não estou sendo incoerente. Eu disse, veja bem, que não te conheço mais
Mas, sim, com toda a certeza, ainda te reconheço. Reconheceria em qualquer lugar do mundo. Aquele amigo que certa vez, sem dizer qualquer palavra, me disse uma porção de coisas.

Não te conheço porque parti. Que sei de ti para dizer que te conheço? Sei de antes, sei o suficiente para te reconhecer, mas sei apenas isto.

Quantas voltas o mundo já deu desde a última vez que contemplei sua sapiência?

Assim, não atrevo-me a dizer que te conheço, mas, digo a tudo que vejo, que não deixarei de te reconhecer.

Que bom que fui embora. Consegue imaginar a confusão que seria se eu tivesse ficado?

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